Notícias da Gripe A
De acordo com a última actualização da Organização Mundial da Saúde (OMS), até ao dia 8 de Novembro, mais de 206 países e territórios ou comunidades ultramarinas, em todo o mundo, reportaram casos laboratorialmente confirmados de gripe pandémica H1N1 2009, incluindo mais de 6.250 mortes.
Uma vez que muitos países deixaram de contabilizar os casos individuais, é provável que os valores estejam subestimados. A OMS está a monitorizar activamente o progresso da pandemia através de consultas frequentes às suas delegações regionais e aos Estados-membros, bem como a partir de múltiplas fontes de dados.
A temporada de gripe de Inverno, que começou excepcionalmente cedo em grande parte do Hemisfério Norte, mostra sinais precoces de aceleração nalgumas zonas da América do Norte, mas está a intensificar-se em grande parte da Europa e da Ásia Central e Oriental.
Na América do Norte, o Canadá tem reportado aumentos acentuados nas taxas de sintomas gripais, de confirmações laboratoriais do vírus H1N1 e de surtos em escolas, nas últimas três semanas, à medida que a actividade pandémica continua a disseminar-se de oeste para este. Nos Estados Unidos, a transmissão da gripe mantém-se geograficamente generalizada e intensa, mas em grande parte inalterada desde o último relatório. As taxas de hospitalização de pessoas com idades entre 0 e 4 anos, 5 e 17 anos e 18 e 49 anos excederam as mais recentes temporadas de gripe. A actividade da doença pode ter atingido um pico em zonas anteriormente afectadas do sul e sudeste dos Estados Unidos. No México, a actividade gripal permanece geograficamente generalizada, com uma onda significativa de casos desde o início de Setembro, nomeadamente nas regiões centrais e a sul do país.
Na Europa e na Ásia Central, a transmissão da gripe continua a intensificar-se em toda a região, com a actividade pandémica a disseminar-se em direcção a leste. Pelo menos 10 países da Europa de Leste (Islândia, Polónia, Roménia, Bélgica, Alemanha, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia e Reino Unido) relataram que a proporção de amostras sentinela que deram resultado positivo para o vírus da gripe aumentou 20 por cento, o que se revela consistente com a circulação activa do vírus da pandemia da gripe.
Além disso foram reportados níveis de intensidade alta e muito alta de doenças respiratórias em simultâneo com a circulação do vírus pandémico H1N1 2009 em países como a Holanda, Itália, grande parte dos países nórdicos, Bielorrússia, Bulgária e na Federação Russa (particularmente nos Urais). A actividade da doença pode estar a atingir o pico em alguns países, nomeadamente na Islândia, Irlanda e partes do Reino Unido (Irlanda do Norte), que sofreram uma intensa transmissão durante o início do Outono. Devido ao aumento acentuado de casos de gripe pandémica, há uma semana, na Ucrânia, o Ministério da Saúde local solicitou ajuda ao Departamento Regional Europeu da OMS para avaliar e responder ao problema. A análise inicial das informações indica que o número de casos graves não parece excessivo quando comparado com a experiência de outros países e não representa qualquer alteração na transmissão ou na virulência do vírus.
Mais de 99% dos subtipos do vírus da Gripe A na Europa são da pandemia H1N1 2009, com excepção da Rússia onde cerca de 10% dos vírus são subtipos da gripe sazonal, H3N2 e H1N1 sazonal.
Na Ásia Ocidental, registou-se um aumento de actividade gripal em vários países. Em Israel, nas últimas três semanas, observaram-se grandes aumentos nas taxas dos sintomas gripais e das detecções de vírus. No Afeganistão, a proporção de infecções respiratórias agudas aumentou nas últimas três/quatro semanas, embora mais drasticamente nas duas últimas.
No leste asiático, continua a ser reportada actividade gripal muito intensa e crescente na Mongólia, com um grave impacto sobre o sistema de saúde. Na China, a proporção de visitas aos hospitais sentinela para tratar sintomas gripais e a proporção de amostras respiratórias com testes positivos à gripe continuaram a aumentar nas últimas três/quatro semanas. Mais de 80% dos isolados de vírus da gripe na China são da pandemia H1N1 2009. Em Hong Kong, as taxas de síndromas gripais voltaram à linha de base após uma recente onda predominantemente de pandemia de gripe H1N1 em Setembro e Outubro. No Japão, continuam a ser relatados aumentos acentuados na actividade gripal a nível nacional. Na ilha Hokkaido, localizada a norte, que, até à data, foi a mais afectada, a actividade da doença pode ter atingido, recentemente, um pico.
Embora persista a transmissão activa predominantemente pandémica na região das Caraíbas, a actividade gripal pode ter atingido o pico em algumas zonas, tal como revela o recente declínio das taxas de infecções respiratórias agudas e muito severas do Centro de Epidemiologia das Caraíbas. A maioria dos outros países da região tropical da América Central e do Sul continua a relatar o declínio da actividade de gripe.
Com excepção do Nepal e Sri Lanka, a transmissão global continua a recuar na maior parte do Sul e Sudeste Asiático.
Na região temperada do Hemisfério Sul, foi relatada pouca actividade de pandemia de gripe nas últimas semanas. No entanto, um foco de casos de pandemia de gripe foi relatado na Argentina, na zona da capital, Buenos Aires.
À data de 8 de Novembro, os dados eram os seguintes:
Regiões | Total cumulativo de casos* | Total cumulativo de mortes |
---|---|---|
OMS - África | 14.868 | 103 |
OMS - Américas | 190.765 | 4.512 |
OMS - Mediterrâneo Oriental | 25.531 | 151 |
OMS - Europa | Mais de 78.000 | Pelo menos 300 |
OMS - Sudeste Asiático | 44.661 | 678 |
OMS - Pacífico Ocidental | 149.711 | 516 |
Total | Mais de 503.536 | Pelo menos 6.260 |
Para saber mais, consulte:
- Vírus da Gripe A (H1N1)
- Organização Mundial da Saúde - Pandemia (H1N1) 2009 - em inglês, chinês, francês, russo e espanhol
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