19/08/2009

Um certo amianto de certas fibras esfarrapadas de certas Esquerdas esquecidas


Imagem do KAOS

Há, em Portugal, uma certa tendência para o esquecimento e a confusão. A confusão, aliás, nome corrente da Entropia, sempre serviu os interesses das baratas e outros seres do passa fome ambulante e rastejante. Temos um Espetro Político todo desviado um tom para a Direita, com um Partido que se diz Socialista a encaixar nos vapores sociais democratas da restante Europa da I Internacional, um dito Partido "Social Democrata" a meter-se permanentemente com coisas do Liberalismo obsoleto, e, por fim, um partido que já estava tão entalado numa estreita e inexistente faixa Democrata Cristã que se viu, hora a hora, tentado a saltar por cima dos grandes entaladores e a aterrar no... "Centro".
Suponho que seja esta uma das justificações metafísicas para cada Português se julgar o Centro do Mundo.
Genuíno, como o Salazarismo, só o Partido Comunista, razão, suponho, tanto quanto me deixa o meu entendimento de 9º Ano-CNO, para que tenham tordelhisado 48 anos de história comum, mesclada de mortes e ódios e cooperações que só deus saberá até onde foram. Não foi por acaso que, um dia, Adolph e Joseph se sentaram, para assinar o pacto Germano Soviético, mas isso são coisas do tempo dos meus antepassados, e eu devia estar aqui a escrever sobre a derme de Michael Jackson, mas não me apetece, apetece-me muito mais falar sobre os lírios do campo, que, um dia, estrangulados pelo regime de constrições, restrições, disciplina e obediência, formalismo e orfandade do Partido Comunista resolveram saltar -- pleonasmo -- de lá para fora. E saltaram.
Essa gentinha teve, nas calendas, o apaluso dos seres bem pensantes, na altura, todos organizados no "establishment", ou traduzido para a lusofonia, o "Expresso" sem "online", do tempo dos enormes cartuchos de plástico, que sufocavam toda a Natureza e o natural.
Não me lembro dos nomes deles, exceto de alguns, a Rita Seabra, uma esganada do estalinoleninismo do mata e esfola, que deu em vendedora de lombadas e aconselhadora de padres consoladores de viuvinhas; o Judas, uma coisa com ar de Judas, que as mulheres consideravam "sexy" (!), e que fez mais trafulhices em Cascais do que o sistema das Tias todas, durantes eras; um, que já morreu, e que andava morto para finalmente se poder pentear, usar fato e gravata e não ter de continuar a dar o dízimo ao Partido, e uns calhamaços mais recentes, um Pina Moura, que arruinou as Finanças e a Economia, no tempo do toelrante Guterres, e as almas ainda mais negras, e é aqui que eu quero chegar.
Portugal é a Serra das Confusões: é obstinadamente ocupado por uma Maioria Absoluta, que se reclama do Partido Socialista, mas que está infestada de vermes ministeriais, que gangrenaram, por tempo indeterminado, a potencialidade do Partido histórico chegar ao Poder: são Mário Lino, a anedota de tudo o que é anedota, e que as peixeiras conhecem pelo "JAMÉ"; a "anarquista" Lurdes Rodrigues, que era acordada com baldeações de água fria, na Casa Pia, e que nunca conheceu o pai (deviam-lhe oferecer o Albino Almeida, como sucedâneo, para praticarem um apaixonado coito postministerial...); mais uns quantos, cujo nome desconheço, porque não me interessa, nada, mas mesmo para nada, a carreira de tais lírios do campo, tanto mais que muitos deles se cuidaram de nem entrar para o Governo, como um dos maiores escroques da contemporaneidade, Durão Barroso, que chegou onde chegou a fazer fretes à América profunda, uma coisa que vai desde a ultradireita à "lullaby" Obama, o Pacheco Pereira, que dispensa comentários e... ah, sim, o José Magalhães, que deu o nome à ridícula "barbie" da informática, com que Sócrates brinca, quando não está a dormir, agarradinho ao "Zangado", e que ocupa, e é isso que é preocupante, o cargo de Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, coisa que cheira a Polícias e Escutas, porque, nesta Terra do Esquecimento, já muitos se esqueceram de que o cavalheiro era, e é, uma das primeiras autoridades no Fátuo Informático.
Aparentemente, Belém, ocupada por um tipo que vive na época da Assembleia Nacional e das Províncias Ultramarinas, queixa-se agora de... "escutas".
Acordaram tarde.
É verdade: há a Maria, que é uma "códrilheira", e passa os dias com o ouvido encostado às portas fechadas, e há um perigosíssimo sistema de controle informático da Rede Nacional, que deve, neste preciso instante, estar a tirar-me fotografias à cara, através da "motion eye".
Acho fantástico, porque estes cavalheiros que deixaram o espartilho do Estalinismo tomaram imediatamente o charme e o gosto secreto de ir praticá-lo para outros lugares, como "as maldades feitas à Função Pública", do Augusto Santos Silva, o Sistema Dachau de Lurdes Rodrigues e o compadrio generalizado de Mário Lino e dos amigos do "Freeport" e das novas pontes, aeroportos e tudo o que vier à mão. Mudaram a pele, mas conservaram, obviamente, os métodos.
Em Setembro, votar no Partido Socialista não é votar no Partido Socialista, mas votar nestes infilltrados Judas de há poucas décadas, e apetece-me acabar este texto com uma ferroada do pior, e vai mesmo: hoje, acordei, a sonhar que tinha ido pôr a cruz do boletim na Ferreira Leite.
Vou ter de ir ler na "Interpretação dos Sonhos", do Sigmund, o que quererá isto dizer.

(O Septeto, afinal, era de "Reformistas", no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "AAATCHOO!", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" em "The Braganza Mothers" )

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